CONGREGAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS PASSIONISTAS


Quem são os Passionistas

São um grupo de cristãos, sacerdotes e leigos, que vivem em comunidade fraterna, dispostos a anunciar aos homens e às mulheres do nosso tempo o Evangelho de Cristo. Esta comunidade de apóstolos foi fundada por S. Paulo da Cruz (Paulo Danei: 1694-1775) em Itália, no ano de 1720.

O Fundador descobriu na Paixão de Jesus Cristo "a maior e a mais admirável obra do amor divino" e a revelação do poder de Deus que elimina a força do mal com o dinamismo da Ressurreição.

Paulo da Cruz confiou aos seus seguidores a tarefa de anunciar aos seus contemporâneos o amor de Deus por cada pessoa, manifestado na Paixão e Morte de Cristo e tornado vitorioso pela Ressurreição.

Os Passionistas comprometem-se, através de um voto especial, a promover a memória da Paixão de Cristo (Memoria Passionis) com a palavra e com a própria vida. Procuram fazê-lo, sobretudo, com a pregação e com a sua presença junto dos pobres e dos marginalizados por qualquer razão; enfim, junto de todos os "crucificados" da actualidade.

Outra característica importante dos Passionistas é a vida comunitária. Na fraternidade passionista tudo é comum e a mesma dedica um grande espaço de tempo à oração e à contemplação. Os Passionistas são, por assim dizer, contemplativos activos; ou seja, unem de modo criativo a contemplação com a sua actividade pastoral.

Os Passionistas, actualmente, são mais de dois mil. Estão presentes em 56 nações dos cinco continentes. São governados por um Superior Geral, eleito para um sexénio, tendo como ajuda um Conselho formado por seis Consultores, representantes das várias áreas geográficas. A Congregação divide-se territorialmente por Províncias, Vice-Províncias e Vicariatos, consoante o número de religiosos existentes em determinadas áreas.

O nome oficial da Congregação Passionista é Congregação da Paixão de Jesus Cristo.

O Superior Geral reside em Roma (Piazza Ss. Giovanni e Paolo, 13 - 00184 Roma - Tel. 06.77.27.11). Esta casa é também a sede do Estudantado Internacional.

 

O Símbolo dos Passionistas – o seu Voto especial

 

O Fundador: S. Paulo da Cruz

Síntese Biográfica:

Paulo Danei Massari nasceu em Ovada, Itália, a 3 de Janeiro de 1694, tendo-se mudado, mais tarde, para Castellazzo-Bormida, não muito longe da sua terra natal. A sua mãe ensinou-o a ver na Paixão de Jesus Cristo a força para superar todas as provas e dificuldades. Assim, enamorado de Jesus Crucificado desde criança, quis entregar-Lhe toda a sua vida. Durante uma grave doença, a visão do inferno horrorizou-o. Ouvindo a pregação de um sacerdote, o Senhor iluminou-o relativamente ao amor de Cristo Crucificado: foi o momento a que ele próprio chamou de "conversão".

Por volta de 1715-1716, desejoso de servir a Cristo, apresentou-se em Veneza e alistou-se no exército. Queria lutar contra os turcos, que então ameaçavam a Europa, com mística de cruzado,. Enquanto adorava o Santíssimo Sacramento, numa igreja, compreendeu que não era aquela a sua vocação. Abandonou a carreira militar, serviu durante alguns meses uma família e regressou a casa. Embora o seu tio sacerdote prometesse deixar-lhe toda a sua herança no caso de vir a casar, Paulo renunciou à oferta.

Fazer memória do Crucificado:

Segundo um testemunho, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro. O Bispo de Alexandria, Mons. Gattinara, ouvido o conselho de confessores prudentes, revestiu-o com o hábito da Paixão, a 22 de Novembro de 1720. Passou 40 dias na sacristia da igreja de S. Carlos, em Castellazzo. As suas experiências e o seu estado de espírito, durante aquela "quarentena" conservaram-se até hoje com o nome de "Diário Espiritual". Além disso, elaborou um esboço das Regras, destinadas a possíveis companheiros, aos quais chamava de "Os Pobres de Jesus". O seu irmão João Baptista, que o visitava, quis associar-se a ele, mas Paulo, naquela altura, não o permitiu.

Concluída a experiência, o Bispo autorizou-o a viver na ermida de Santo Estevão, em Castellazzo, e a realizar apostolado como leigo. No Verão de 1721, viajou até Roma, no intuito de obter uma audiência Papal para explicar as luzes recebidas sobre uma futura Congregação. Os oficiais do Quirinal, onde residia o Papa, não o deixaram entrar, pois pareceu-lhes tratar-se de mais um aventureiro.

O primeiro voto passionista:

Aceitou a humilhação que o configurava a Jesus Crucificado e, na basílica de Santa Maria Maior, perante a Virgem "Salus Populi Romani", fez voto de se consagrar a promover a memória da Paixão de Jesus Cristo.

De regresso à sua terra, deteve-se um pouco em Orbetello, na ermida da Anunciação do Monte Argentário. Ao chegar a Castellazzo, encontrou-se com o seu irmão João Baptista e, juntos, resolveram levar uma vida eremítica no Monte Argentário. Depois, a convite de Mons. Pignatelli, deslocaram-se para a ermida de Nossa Senhora, em Gaeta.

Mais tarde, Mons. Cavallieri recebeu-os durante algum tempo, em Tróia, tendo regressado a Gaeta, mas, desta vez, para o Santuário da Virgem da "Civita", em Itri. Os esforços de fundar uma comunidade fracassavam sempre. Para serem pregadores da Paixão era necessário tornarem-se sacerdotes. Por isso, resolveram viajar para Roma. Enquanto estudavam a Teologia, foram prestando o seu serviço no hospital, atendendo os doentes infectados pela peste. O Papa saudou-os em El Celio, junto à igreja chamada ‘La Navicella’, e deu-lhes uma autorização oral de poderem fundar no Monte Argentário. Uma vez ordenados sacerdotes, em 1727, os dois irmãos abandonaram Roma e dirigiram-se para o Monte Argentário.

Pregar a Paixão de Cristo:

Iniciaram o seu apostolado entre pescadores, lenhadores, pastores, etc. Rapidamente foram-se juntando companheiros, entre eles o seu irmão António e sacerdotes bem preparados. Os Bispos dirigiam-lhes pedidos para missionarem as terras daquela zona. Quando ali se declarou a guerra dos Presídios, Paulo exercia o seu ministérios em ambas as facções, sendo bem recebido dos dois lados.

O primeiro convento, dedicado à Apresentação, foi inaugurado em 1737. Paulo apresentou as Regras para o novo Instituto, em Roma. Depois de algumas alterações, viriam a ser aprovadas por Bento XIV em 1741.

O Fundador foi contemporâneo de grandes pregadores como S. Leonardo de Porto Maurício, a quem cumprimentou em determinada ocasião, e S. Afonso Maria de Ligório, a quem não chegou a conhecer. Tal como a eles, o amor a Jesus Crucificado impelia-o para o serviço apostólico das missões.

Embora tenha sido sempre Superior Geral, desde 1747, não deixou de pregar nem de escrever cartas como director espiritual. O Instituto teve alguma oposição dentro de um sector da Igreja, facto que determinou a suspensão da fundação de vários conventos, até que uma comissão pontifícia deliberasse em favor dos Passionistas.

Defendeu sempre, com grande determinação, para toda a Congregação, o espírito de solidão, pobreza e oração, não só com os seus conselhos, mas indicando também o exemplo do seu irmão João Baptista. Quando este morreu em 1765, Paulo sentiu-se como um órfão.

Após a supressão da Companhia de Jesus, Clemente XIV levou os Padres da Missão à igreja de S. André do Quirinal e concedeu a Paulo da Cruz a casa e a basílica dos Santos João e Paulo que eles tinham em El Celio. Nela, a dois passos do Coliseu de Roma, viveu o Santo os últimos anos da sua vida; ali recebeu as visitas de Clemente XIV, em 1774, e de Pio VI em 1775, e ali faleceu, uns meses mais tarde. As suas relíquias conservam-se em capela própria, inaugurada na basílica em 1880.

 

Cronologia:

03-01-1694: PAULO DANEI nasce em Ovada, Alexandria, Itália, filho de Luchino e Ana Massari, pequenos comerciantes; primogénito de 16 irmãos, apenas seis lograram atingir a idade adulta.

06-01-1694: Baptizado com o seguinte nome: Paulo Francisco Danei Massari.

04-04-1695: Nasce João Baptista Danei, companheiro de Paulo durante toda a vida e na fundação passionista.

17-04-1710: Toda a família se muda para Castellazzo-Bormida.

Ano de 1713: A sua "conversão", no momento em que escutava a pregação de um sacerdote.

Ano de 1716: Alista-se como soldado voluntário para a guerra contra os turcos.

23-04-1719: Recebe o Sacramento da Confirmação em Castellazzo.

Ano de 1720: Dá-se a grande visão que o orienta na sua futura opção vocacional.

22-11-1720: Recebe o hábito passionista das mãos de Mons. Gattinara, Bispo de Alexandria.

22-11-1720: Início dos Quarenta Dias de Retiro na igreja de S. Carlos de Castellazzo; escreve o "Diário Espiritual" e a primeira versão das Regras dos Passionistas.

Set. 1721: Primeira viagem a Roma; é impedido de ver o Papa em Quirinal; em Santa Maria Maior, faz voto de se consagrar inteiramente à promoção d memória da Paixão de Jesus Cristo.

1722-1725: Paulo e João Baptista vivem em diversas ermidas (Monte Argentário, Tróia, Itri).

1726-1728: Fazem o serviço de enfermeiros no hospital de S. Galicano em Roma, sendo ordenados sacerdotes na basílica de S. Pedro no dia 7 de Junho de 1727 por Bento XIII.

1728-1737: Estabelecem-se definitivamente no Monte Argentário; exercem actividade catequética e apostólica em Orbetello e arredores. Em 1730 dá-se a primeira missão popular em Talamona. Chegam as primeiras vocações para a vida passionista.

14-11-1737: É inaugurado o convento da Apresentação no Monte Argentário.

14-05-1741: Bento XIV aprova as Regras.

11-06-1741: Paulo e seus companheiros emitem a profissão religiosa e começam a ser chamados "Passionistas".

1747: Eleito Superior Geral, Paulo da Cruz será sempre confirmado no cargo até à sua morte.

1748-1767: Prega numerosas missões e retiros, escreve milhares de cartas de direcção espiritual, e abre conventos em Vetralla, San Eutizio, Cecanno, San Sosio, Montecavo, Paliano...

30-08-1765: Morre o seu irmão João Baptista Danei.

1767: Sofre uma grave doença em Vetralla.

1770-1771: Nova grave doença no Hospício do Santo Crucifixo, de Roma.

Maio 1771: Fundação das Passionistas de Clausura em Tarquinia.

Dez. 1773: Toma posse do convento dos Ss. João e Paulo, de Roma, concedido por Clemente XIV.

26-06-1774: Clemente XIV visita-o no novo convento, e o seu sucessor, Pio VI, também o fará em Março de 1775.

14-09-1775: Pio VI aprova as Regras revistas com a bula Praeclara Virtutum Exempla.

18-10-1775: Morre na casa dos Ss. João e Paulo, em Roma.

07-01-1777: Abrem-se os processos da Causa de Canonização.

22-12-1778: Introdução da Causa de Canonização.

1786: Primeira biografia, por S. Vicente Maria Strambi, c.p.

18-11-1821: Reconhecimento da heroicidade das virtudes.

01-05-1853: Beatificado por Pio IX.

29-06-1867: Canonizado pelo mesmo Papa.

25-04-1880: Os seus restos mortais são transladados para a capela a ele dedicada na basílica dos Ss. João e Paulo, em Roma.

 

Os fundamentos da nossa vida (das Constituições)

  1. S. Paulo da Cruz reuniu companheiros para viverem em comum e anunciarem o Evangelho de Cristo aos homens.
  2. No princípio, chamou-os "Os Pobres de Jesus", porque a sua vida havia de estar fundamentada na pobreza evangélica, tão necessária para observar os outros conselhos evangélicos, perseverar na oração e anunciar incessantemente a Palavra da Cruz.

    Quis que os seus seguidores levassem uma vida "conforme à dos Apóstolos" e cultivassem um profundo espírito de oração, penitência e solidão, para alcançarem a íntima união com Deus e serem testemunhas do Seu amor.

    Discernindo acuradamente os males do seu tempo, ele proclamou com insistência a Paixão de Jesus – "a maior e mais maravilhosa obra do amor divino" – como seu remédio mais eficaz.

  3. Reconhecendo em S. Paulo da Cruz a acção do Espírito Santo, a Igreja aprovou, com a sua autoridade suprema, a nossa Congregação e a as suas Regras com a missão de anunciar o Evangelho da Paixão com a vida e o apostolado.
  4. Esta missão conserva perenemente toda a sua força e todo o seu valor.

    Para a realizar, reunimo-nos em comunidades apostólicas e trabalhamos para que venha o Reino de Deus.

    Confiantes no auxílio divino, queremos permanecer fiéis ao espírito evangélico e à herança do nosso Fundador, apesar das limitações humanas.

  5. Conscientes de que a Paixão de Cristo continua neste mundo até que Ele volte em Sua glória, compartilhamos das alegrias e ansiedades da humanidade a caminho para o Pai. Desejamos participar das tribulações dos homens, especialmente dos pobres e abandonados, confortando-os e aliviando-os nos seus sofrimentos.
  6. Pelo poder da Cruz, sabedoria de Deus, esforçamo-nos por iluminar e superar as causas dos males com que se debatem os homens.

    Esta é a razão pela qual a nossa missão se orienta para a evangelização, mediante o ministério da Palavra da Cruz, para que todos conheçam a Cristo e o poder da Sua Ressurreição, participem dos Seus sofrimentos, e se assemelhem a Ele na morte para conseguirem a Sua glória. Todos nos dedicamos a este apostolado, cada qual conforme as suas aptidões, talentos e encargos.

  7. Correspondemos às prementes exigências que nos são postas pelo chamamento pessoal do Pai a seguir Jesus Crucificado, com o compromisso contínuo de fazer do Evangelho de Cristo a regra suprema e o critério da nossa vida; com a vontade constante de viver e trabalhar alegremente em comunidades fraternas, observando estas Constituições no espírito de S. Paulo da Cruz; com o firme propósito de fazer crescer em nós o espírito de oração e de ensinar os outros a orar; e, finalmente, com a solícita atenção às necessidades dos irmãos, unida ao esforço de os conduzir plenitude da vocação cristã através da mensagem da Cruz.
  8. A nossa consagração à Paixão de Jesus

  9. Procuramos a unidade da nossa vida e do nosso apostolado na Paixão de Jesus, revelação da força de Deus que penetra no mundo para destruir o poder do mal e construir o Reino de Deus.
  10. Chamados a participar da vida e missão d’Aquele que "se despojou a si mesmo, assumindo a condição de servo" (Fl 2, 7), contemplamos, em assídua oração, a Cristo que, dando a vida por nós, revela o amor de Deus aos homens e o caminho que estes devem percorrer para chegar ao Pai. Esta contemplação torna-nos sempre mais capacitados para manifestar o Seu amor e ajudar os outros a fazerem da sua vida uma oferta, em Cristo, ao Pai.

  11. A nossa participação na Paixão de Cristo, simultaneamente pessoal, comunitária e apostólica, é expressa com um voto especial. Por esse voto, obrigamo-nos a promover, com a palavra e com as obras, a memória da Paixão de Cristo, para aprofundarmos, assim, a consciência do seu significado e do seu valor para cada homem e para a vida do mundo.

Por este vínculo, a nossa Congregação ocupa o seu lugar na Igreja e entrega-se plenamente ao cumprimento da sua missão.

À luz deste vínculo vivemos os conselhos evangélicos e procuramos ser-lhe sempre fiéis.

Deste modo, as nossas comunidades esforçam-se por ser fermento de salvação na Igreja e no mundo, e fazemos memória da Paixão de Cristo, hoje.

 

Santidade Passionista

Além de S. Paulo da Cruz, a Igreja reconheceu os méritos e virtudes de muitos outros membros da Família Passionista. Eis uma pequena nota sobre cada um deles:

S. Vicente Maria Strambi

Tendo nascido em Civitavechia (Itália) em 1745, entrou na Congregação dos Passionistas em 1769, já depois de ordenado sacerdote (1767). Eminente director espiritual, excelente missionário e excepcional catequista, percorreu a Itália central proclamando com fervor e competência os tesouros que encontramos em Cristo, especialmente na Sua Paixão (título até da sua melhor obra teológica publicada). Foi formador dos jovens passionistas, Provincial e, como Postulador da Causa do Fundador, publicou a sua biografia (1786), obra fundamental para o conhecimento de S. Paulo da Cruz. Eleito bispo de Macerata e Tolentino (1801), promoveu com o seu zelo apostólico a reforma do clero e do povo, resplandecendo, além disso, a sua exímia caridade para com os pobres. Nos movimentos revolucionários do seu tempo, foi intrépido defensor da liberdade da Igreja, preferindo o exílio ao ilícito juramento de fidelidade proposto por Napoleão. Ao renunciar à sua sede episcopal (1823) foi chamado por Leão XII para o Quirinal, como seu conselheiro, onde viria a morrer a 1 de Janeiro de 1824, oferecendo-se a Deus em substituição do Papa, também ele gravemente doente. Foi canonizado em 1950. Os seus restos mortais descansam, desde 1957, em Macerata (Itália).

Beato Domingo Barberi

Domingo Barberi, (Viterbo, Itália, 1792 – Reading, Inglaterra, 1849), apelidado na região por Domingo da Mãe de Deus, professou na Congregação dos Passionistas em 1815 e foi ordenado sacerdote em 1818. Enriquecido por Deus com extraordinários dotes de inteligência e coração, exerceu uma intensa actividade como professor, pregador, escritor, director espiritual e superior. Dócil às inspirações divinas, dedicou-se ao trabalho pela unidade da Igreja em Inglaterra (1842), onde, além de fundar a Congregação, realizou um eficaz apostolado, cujo fruto mais significativo foi a entrada na Igreja Católica do Cardeal John Newman. Foi beatificado por Paulo VI a 27 de Outubro de 1963.

Beato Lourenço Maria Salvi

O Beato Lourenço Salvi (Roma, 1782 – Capranica, VT, Itália, 1856), tendo professado na Congregação da Paixão (1802) e sido ordenado sacerdote (1805), além da sua participação no governo das comunidades e da sua província, empregou toda a sua vida à pregação de missões populares e dinamização de retiros. Distinguiu-se pelo seu incansável apostolado acerca da infância de Jesus, cuja devoção promoveu com a palavra, o exemplo e os escritos. Foi beatificado por João Paulo II em 1989.

Beato Carlos Houben

O Beato Carlos Houben (Munstergellen, Holanda, 1821 – Dublin, Irlanda, 1893), depois da sua profissão nos Passionistas (1845) e ordenação sacerdotal (1850), foi enviado às recentes fundações da Congregação na Inglaterra e na Irlanda. Homem de uma grande vida interior segundo o modelo do Fundador, distingiu-se pelo seu apostolado das bênçãos e das confissões. Foi beatificado por João Paulo II em 1988.

S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores

Francisco Possenti (Assis, Itália, 1838 – Isola del Gran Sasso, TE, Itália, 1862), futuro Gabriel de Nossa Senhora das Dores, depois de um apelo especial da Virgem Maria, entrou para os Passionistas com 18 anos de idade (1857). Distingiu-se pelo seu carácter jovial, a sua piedade eucarística e, sobretudo, pelo seu extraordinário amor à Virgem das Dores e a Jesus Crucificado. Canonizado por Bento XV (1920), foi declarado copadroeiro da Juventude Católica Italiana (1926) e padroeiro da região dos Abruzos (1959). O Santuário de S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, meta de numerosíssimas peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados de Itália.

Beato Bernardo Maria Silvestrelli

Bernardo Maria, da nobre família Silvestrelli (Roma, 1831 – Moricone, RM, Itália, 1911), já sacerdote, entra na Congregação dos Passionistas (1857), tendo sido, durante o seu noviciado, companheiro de S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Depois de ter ocupado distintos cargos na Congregação, foi Superior Geral nos anos 1878-1889 e 1893-1907. Acérrimo defensor do espírito da Congregação, herdado do Fundador, S. Paulo da Cruz, colaborou eficazmente na expansão do Instituto, criando-se, durante a sua governação, seis novas províncias na Europa, no continente Americano e na Austrália. Beatificou-o João Paulo II em 1988.

Beato Pio Campidelli

Pio Campidelli (Trebbio, FO, Itália, 1869 – San Vito di Romagna, FO, Itália, 1889), filho de agricultores, professou na Congregação dos Passionistas em 1884. Durante os sete anos de vida religiosa foi um perfeito modelo de fidelidade aos seus compromissos. Enquanto se preparava para o sacerdócio, morreu, vítima de grave doença, oferecendo a sua vida pela Igreja e a sua querida Romagna. Beatificou-o João Paulo II em 1985.

Beato Isidoro de Loor

Isidoro de Loor (Vrasene, Flandres Oriental, Holanda, 1881 – Kortrijk, Bélgica, 1916), aos 26 anos de idade entrou na Congregação da Paixão como Irmão Coadjutor. Depois da sua profissão religiosa (1908), foi destinado para serviços domésticos nas comunidades. A sua intensa vida de oração e de penitência, a sua caridade e simplicidade, a sua diligência e recolhimento interior, mereceram-lhe ser chamado ainda em vida "o Irmão bom", e a beatificação, em 1984, por S. S. João Paulo II.

Beato Grimoaldo de Santa Maria

Grimoaldo de Santa Maria (Pontecorvo, FR, Itália, 1883 – Ceccano, FR, Itália, 1902), aos seus 17 anos de idade entrou na Congregação dos Passionistas (1900), morrendo apenas dois depois de meningite aguda. Jovem comprometido seriamente com a sua fé cristã, de Passionista sobressaiu pela sua singular devoção à Virgem Imaculada e a sua heróica decisão de chegar às alturas da santidade, segundo o modelo de Jesus Crucificado. Beatificou-o João Paulo II em 1995.

Santa Gema Galgani

Gema Galgani (Camigliano, LU, Itália, 1878 – Luca, 1903) distinguiu-se pela sua singular devoção à Eucaristia e a Jesus Crucificado, do qual experimentou, no seu próprio corpo, os principais sofrimentos, inclusivamente as chagas nas mãos, nos pés e no peito. Enriquecida com carismas sobrenaturais, ofereceu a sua vida pela conversão dos pecadores. Fracassada no seu propósito de ingressar nas Monjas Passionistas, viveu heroicamente no mundo a espiritualidade passionista. Pio XII declarou-a santa em 1940.

Santa Maria Goretti

Santa Maria Goretti (Corinaldo, AN, Itália, 1890 – Nettuno, RM, Itália, 1902) é considerada a mártir da castidade por ter preferido morrer apunhalada a ter-se deixado violar. Foi canonizada por Pio XII em 1950. Os seus restos mortais descansam no santuário dos Passionistas em Nettuno.

Beato Inocêncio Canoura Arnau

O P. Inocêncio Canoura Arnau (Santa Lucía del Valle de Oro, Lugo, Espanha, 1887 – Turón, Astúrias, Espanha, 1934), passionista desde 1905 e sacerdote desde 1913, foi preso e fuzilado por causa da fé cristã durante a chamada "Revolução das Astúrias" (1934), quando se encontrava a celebrar a Eucaristia no Colégio dos Irmãos das Escolas Cristãs. Foi beatificado por João Paulo II em 1990.

Beato Nicéforo Diez Tejerina e 25 Companheiros Mártires de Daimiel

Os 25 Passionistas da comunidade de Daimiel (Ciudad Real – Espanha), guiados pelo seu Provincial, Nicéforo Diez Tejerina, foram arrancados violentamente do convento, morrendo fuzilados por confessarem a sua fé cristã, divididos por vários grupos e lugares durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 1936, nos inícios da Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Foram proclamados beatos por João Paulo II em 1989.

Beato Eugénio Bossilkov

Eugénio Bossilkov (Belém do Danúbio, Bulgária, 1900 – Sófia, Bulgária, 1952) fez os seus votos na Congregação da Paixão em 1920, tendo sido ordenado sacerdote em 1926. Homem dotado de uma grande inteligência, muito contribuiu para o desenvolvimento da diocese de Nicópolis, orientada por um bispo passionista, acabando, ele próprio, por ser o eleito para a sucessão, em 1947. A Bulgária vivia então (desde 1944) sob o domínio do regime comunista estalinista. Com a perseguição aos católicos, Mons. Bossilkov foi condenado à morte e assassinado por negar-se a aceitar a lei especial que pretendia separar da obediência à Santa Sé a pequena, mas compacta, comunidade católica. A sentença foi ditada a 3 de Outubro de 1952 e executada a 11 de Novembro. As suas últimas palavras, por carta aos seus amigos, foram: "Não vos preocupeis comigo; eu estou assistido pela graça de Deus e permaneço fiel a Cristo e à Igreja". Foi beatificado por João Paulo II a 15 de Março de 1998.