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APELO
Quando a morte nos separou...
eu era ainda muito jovem...
O meu marido morreu aos 30 anos num acidente, 6 anos de casamento! 3 filhos; 4 anos, 2 anos, 2 meses. Tudo se desmoronou: os projectos, a alegria partilhada, a responsabilidade comum de criar os nosso filhos.
Foi o choque, o afundamento, a vertigem.
Os problemas materiais, a solid�o dia ap�s dia, para mim e os filhos, as decis�es a tomar... A carga quotidiana, o vazio! No entanto � preciso viver. Durante anos eu fiz o melhor poss�vel para n�o afastar as pessoas e sobretudo para dar uma imagem positiva aos nosso filhos. Mas interiormente a ferida estava aberta e eu procurava. Procurei 12 anos...
Depois, um dia fiz o esfor�o de ir � peregrina��o do MEV organizada em F�tima. A� encontrei a Fraternidade Nossa Senhora da Ressurrei��o, outras mulheres que como eu tinham perdido o seu marido, ajudaram-me com o seu acolhimento, a aceitar o meu sofrimento. Elas fizeram-me acreditar que a morte n�o � o fim de tudo e que eu podia novamente VIVER. O meu marido est� vivo em Deus.
O meu novo estado de vida (que n�o escolhi) podia, ele tamb�m, ser "VIDA".
Em seguida compreendi, no seio da Fraternidade que fui chamada a viver de outra maneira, no lugar em que me encontro.
A minha vida mudou, agora eu n�o estou mais s�. Para mim a Fraternidade � o lugar da Igreja para continuar o caminho.
UMA RESPOSTA AO APELO DE DEUS
N�o tenho filhos
O meu marido morreu subitamente. Eu tinha 33 anos, 11 anos e meio de casamento. N�o tinhamos filhos.
Tudo se desmoronou, os nossos projectos, a nossa felicidade patilhada!
Nunca nos tinhamos separado: trabalhando numa marcenaria industrial, perto um do outro, vivendo um para o outro, preparando o ber�o do filho desejado, mesmo tendo perdido por 3 vezes a esperan�a de uma maternidade.
Depois da morte de meu marido foi uma enorme perturba��o, o vazio!
Uma f� adormecida. Nada a que me agarrar. Como viver em fidelidade este amor que tinhamos vivido juntos? Ouvindo a homilia das ex�quias, a f� no fundo de mim mesma despertou pouco a pouco. Esta intui��o que eu senti depois da partida dele � que continuava obscura e dificilmente explic�vel, definia-se... um apelo abafado e um desejo cada vez mais forte de lhe responder... mas que resposta? Eu procurei, muitas vezes pensava: vou rezar num convento, ser� l� o meu lugar?
Numa revista descobri a exist�ncia daa Fraternidade Nossa Senhora da Ressurrei��o. Encontrei l� respostas �s minhas primeiras aspira��es: continuar a amar o meu marido vivo em Desus e ficar na minha vida activa, dando-me toda a Deus.
Compreendo pouco a pouco que a minha vida presente, mesmo sem filhos, pode servir para que haja mais amor no mundo. Ofere�o a minha vida para que os lares sem filhos descubram, eles tamb�m, que podem de outra maneira ser fecundos.
OFERTA DA NOSSA VIUVEZ PARA QUE HAJA MAIS AMOR NO MUNDO
Depois de uma vida conjugal dificil
Casada dei-me conta que certos dias, o meu marido n�o estava bem. Mas, � minha pergunta, ele respondia que estava intoxicado por um produto que utilizava quando trabalhava em casacos de peles. N�o duvidei desta explica��o.
Depois de 2 meses de casados, vendo o meu marido voltar num estado que n�o deixava mais d�vidas, verifiquei que ele bebia. Esperava ent�o o meu primeiro filho sem o saber ainda.
A chegada dos meus quatro filhos foi uma grande alegria que ado�ou as preocupa��es motivadas pelo alcoolismo: hospitaliza��es frequentes por fracturas da perna, do bra�o, do cr�nio.
Eu esta t�o cansada e sofrida que um dia numa igreja onde participava na eucaristia, chorava e dizia ao Senhor: "Vede como sou infeliz" e o Senhor p�s-me uma pergunta no fundo do meu cora��o: "Qual dos dois � mais infeliz?" Sem hesitar eu respondi que era ele. Este foi o princ�pio da minha convers�o.
Desde esse dia, comecei a saber perdoar mesmo sabendo que o meu marido estaria novamente embriagado � noite.
Ap�s v�rias curas de desintoxica��o e diversas tentativas de suic�dio, caiu numa profunda depress�o. Entre o seu gesto fatal de quarta-feira e a sua morte sexta-feira, tomei uma decis�o: ou o meu marido era deficiente durante toda a vida e eu o trataria, ou ele morria e eu dava-me inteiramente ao Senhor. Projectava ent�o partir em miss�o para �frica, depois de ter criado os meus 4 filhos. Mas Deus tinha outro plano para mim.
Desde a minha entrada na Fraternidade Nossa Senhora da Ressurrei��o senti-me feliz. Continuo a rezar pelo meu marido e a minha vida tomou um sentido de Ressurrei��o. O que eu vivo em Cristo liga-me ao meu marido, desde ent�o em Deus.
OS NOSSOS MARIDO EST�O VIVOS EM DEUS
"Vou dar-vos um futuro e uma esperan�a" (Jr 29,11)
Amigas:
Depois da partida do vosso marido nunca pensaram que o vosso amor podia continuar? Que a vossa vida podia ser chamada a tomar um sentido novo, seguindo Jesus Cristo?
Um apelo
Algumas vi�vas jovens puseram estas quest�es durante um retiro em Lourdes. Juntas procuraram o significado do que lhes parecia ser um apelo do Senhor. Pouco a pouco foram conduzidas no caminho do dom total a Deus, sem, no entanto, abandonar nenhum dos seus deveres humanos.
Deste pequeno grupo nasceu a Fraternidade Nossa Senhora da Ressurrei��o.
Um compromisso
Nesta Fraternidade, pela nossa viuvez prematura, queremos dar-nos inteiramente a Cristo e continuar unidas ao nosso marido, na f�. � por isso que reunuciamos livremente a um novo amor. Na f� sabemos que o nosso marido intercede pelo nosso lar. � esta a nossa esperan�a.
Para apoiar o nosso desejo de entrega ao Senhor, s�o-nos propostos alguns meios. Amando Cristo, desejamos conhece-lo melhor; assim aprendemos a procur�-lo nos Evangelhos, a encontr�-lo cada dia na ora��o, a receb�-lo sempre que poss�vel na Eucaristia.
Estes meios s�o bastante f�ceis de conciliar com as nossas diversas actividades e bastante fortes tamb�m para amparar eficazmente a nossa marcha para Deus: s�o os que a Igreja oferece a todo o baptizado.
Onde eu vivo
Longe de nos desviar das responsabilidades que temos neste mundo onde vivemos, a Fraternidade ajuda-nos a tomar mais profunda consci�ncia, quer se trate dos filhos, da fam�lia ou da profiss�o, dos compromissos c�vicos, sindicais, sociais, paroquiais, etc.
Em uni�o com outras
Viver sozinha um tal compromisso, � dif�cil. Por isso, em contactos regulares, n�s partilhamos o que � a nossa vida, procurando fazer nossa a recomenda��o de S�o Paulo: "Levar os fardos uns dos outros". (Gal 6,2)
Cada uma de n�s pode provar a for�a deste amor fraterno, particularmente nos momentos dif�ceis.
Uma miss�o na Igreja
Na Igreja, toda a vi�va pode ser chamada a ser um sinal de ressurrei��o neste mundo sem esperan�a. A Igreja comfirmou este apelo e deu-nos na Frateernidade a miss�o de testemunhar que o amor � mais forte que a morte.
"O amor � forte como a morte... as grandes �guas n�o poder�o apag�-lo nem os rios submergi-lo." (C�ntico dos C�nticos 8, 6-7)
Oferecemos a nossa viuvez para que cres�a o amor nos lares.
Oficialmente reconhecida pela Igreja, a nossa Fraternidade � acompanhada por um assistente espiritual que assegura aos seus membros um ensinamento doutrinal e uma forma��o espiritual.
Com Maria
Nascida em Lourdes em 1943 a Fraternidade Nossa Senhora da Ressurrei��o tem, desde a primeira hora da sua exist�ncia, vivido sob a protec��o de Maria.
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Se estas linhas tiverem eco no vosso cora��o
n�o hesitem em escrever para:
NOME: Maria Helena Paias
MORADA: R. Vila de Cati�, Lt - 400 - 6� F
1800-348 LISBOA
TELEFONE: 218 516 224